Mostrar, preservar, valorizar e promover é com este intuito que nasce o Centro Interpretativo da Cerâmica (CIC) de Pinela. Uma terra de “Cantareiras” que durante muitos anos produziram louça única na região e a faziam chegar às localidades vizinhas.
A velha escola primária que, por ausência de crianças suficientes, viu as suas portas fechar, foi recuperada, mantendo na sua génese a missão de transmitir conhecimento.
Este vai ser um espaço de exposição, de formação, de memória e vai também, num futuro próximo, ser um espaço de investigação, para apurar com o rigor possível as origens e a importância económica e social da olaria nesta freguesia.
Nesta primeira fase o CIC propõe-se mostrar o que há, isto é, as memórias dos habitantes da localidade que tiveram contacto com a olaria e desempenharam alguma função no fabrico da louça de barro, algumas peças mais antigas, fotografias e tudo quanto estiver disponível e for possível mostrar neste local. Aqui também vai existir uma réplica do forno de barro que ainda existe na aldeia, embora não seja utilizado há cerca de duas décadas.
Este pretende ainda ser um local de orgulho, onde cada habitante possa rever um pouco da sua história, um pouco da sua identidade, um pouco do ADN que corre no sangue de cada nativo desta freguesia.
E o conhecimento vai ser transmitido de forma divertida, para que também se possa afirmar como espaço de lazer, para que os mais jovens possam compreender como a história, a tradição e a modernidade podem caminhar em sintonia.
O recurso a tecnologia de última geração pretende tornar este local num espaço moderno, atrativo e atrevido, capaz de se alinhar nos conceitos mais modernos abordados pelas temáticas das Smart Cities ou Smart Villages.
É a inteligência que domina neste espaço, a inteligência que sabe valorizar os contributos deixados pelas gerações passadas, a inteligência que permite partilhar estes conhecimentos com todos, a inteligência que quer transmitir de forma inclusiva uma mensagem muito simples: Pinela orgulha-se de ser terra de Cantareiras e tem no barro um dos principais genes na constituição do ADN das suas gentes.