Povoado fortificado de grandes dimensões situado numa crista quartzítica que se eleva aos 960 metros de altitude. Esta localização confere-lhe um excelente controlo geoestratégico sobre o relevo envolvente que compreende uma extensa área planáltica. As condições de defesa natural são razoáveis por todos os setores do povoado, já que compreendem pendentes de média inclinação. Apenas o setor sul apresenta uma maior vulnerabilidade defensiva, desenvolvendo-se por este lado o colo que permite um fácil acesso ao povoado. Apesar desta maior vulnerabilidade, não se nota qualquer indício estrutural do reforço defensivo deste setor, ao contrário do que acontece na maior parte de outros exemplos regionais. A plataforma interna apresenta uma planta com uma configuração aproximadamente subcircular e é cercada por uma linha de muralha cujos vestígios são facilmente detetados a partir de um talude e de alguns derrubes pétreos. Genericamente, essa linha circunda o povoado em toda a sua extensão. No entanto, a oeste o sistema defensivo é reforçado por uma segunda linha que parte de junto de um torreão situado a norte para depois se desenvolver no sentido sul, dando origem a um corredor com mais de 10 metros de largura. Esta segunda linha de muralha externa apenas é detectável a oeste e ao longo de uma extensão não superior a 100 ou 150 metros. No topo norte um significativo amontoado de derrubes indiciam a presença de um torreão. No recinto interno não se observam quaisquer outros indícios materiais, embora a análise seja obstaculizada pela presença de uma cerrada vegetação. Uma prospeção de superfície permitiu recolher alguns fragmentos cerâmicos que balizam a ocupação deste povoado entre a Idade do Ferro e a Idade Média.
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Fonte: http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/?sid=sitios.resultados&subsid=2146692